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Duílio prometeu uma redução drástica das dívidas, mas... (Rodrigo Coca/Corinthians) |
Pressionado pela falta de títulos em seu mandato, o presidente Duílio Monteiro Alves se defendeu durante a última entrevista coletiva destacando a saúde financeira do clube. O dirigente assegurou que o Timão nunca arrecadou tanto em sua história e que as dívidas haviam despencado durante o ano de 2022.
Mas a realidade é bem diferente. O Blog teve acesso à análise do Cori (Conselho de Orientação) do Corinthians em relação ao balanço financeiro referente ao ano passado. E a redução da dívida foi de apenas R$ 1,5 milhão.
O trecho acima, retirado do documento do Cori, revela uma queda de apenas 0,2% das pendências alvinegras entre 31 de dezembro de 2021 e 31 de dezembro de 2022 em valores absolutos. Com a ressalva que, considerando saldo ajustado pela inflação, a redução real seria da ordem de 5,6%.
Mas o próprio documento entende que a dívida é de R$ 910,5 milhões, como mostra o trecho que destaca o endividamento de R$ 505 milhões em impostos parcelados.
Detalhe importante: Duílio foi o primeiro presidente desde a inauguração da Neo Química Arena a ter as receitas com bilheteria. Isso se deu justamente no ano passado, assegurando um acréscimo de pelo menos R$ 100 milhões no caixa.
E nem a injeção de tanto dinheiro foi suficiente para um corte mais drástico das pendências alvinegras. O documento do Cori ainda mostra um superávit de R$ 15,4 milhões no exercício de 2022, porém com aumento de 41,3% na exploração de imagens a pagar.
Devido a imagens renegociadas dos atletas Gil, Maycon, Giuliano, Paulinho, Renato Augusto e Ramiro, houve um acréscimo de R$ 47,2 milhões para R$ 66,7 milhões durante o ano passado.